quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Transporte público: Um desafio para ACM Neto



Foto:Cadê Imagens

 Contando com o total de 2.446 coletivos, segundo dados da Secretaria Municipal dos Transportes e Infra-Estrutura (Setin), o transporte público é considerado o principal meio de locomoção da população de Salvador, porém o crescimento desordenado da cidade e o aumento da circulação de carros nas ruas têm causado grandes problemas de mobilidade para as pessoas que dependem do transporte coletivo para suas atividades cotidianas.

Segundo a Transalvador, a capital baiana possui sete terminais rodoviários urbanos, sendo a Estação da Lapa a que possui maior número de tráfego de pessoas, 460 mil por dia. Em seguida, está à estação Pirajá, com 130 mil usuários por dia. As demais são a Iguatemi (65 mil/dia) e da Rodoviária (65 mil/dia), da Barroquinha (15, 500 mil/dia) e Aquidabã (5 mil/dia). A maioria dos terminais, oferece um serviço precário e é alvo de reclamações dos usuários. 

Foto: IRDEB
A falta de organização e a falta de limpeza deixa claro o desrespeito e o descaso com a população seja dentro dos coletivos ou esperando nas enormes filas das estações. “Tenho que buscar meu filho na casa do pai em Paripe e diversas vezes quando sento na cadeira vejo baratas passeando do meu lado”, diz a dona de casa Cleide Bispo, 34 anos, indignada com a situação. Nos terminais rodoviários, as condições de limpeza e de segurança são ruins, na Estação da Lapa, por exemplo, são caóticas. Pouca iluminação, sujeira e roubos compõe o cenário.

Foto:Cadê Imagens
Segundo a tabela de Distribuição de Competência dos Órgãos Executivos de Trânsito, instituída pela Resolução nº 66 de 23 de setembro de 1998 é uma infração transitar com o veículo com lotação excedente, no entanto, a realidade que vemos nas ruas é outra e tem se tornado cada vez mais difícil circular nos ônibus de Salvador, “Não existe exemplo melhor do que o 'buzu' Estação Mussurunga, fui em pé da Ribeira até lá, todas as vezes que peguei, é uma situação chata, mas ultimamente é a única opção que o transporte nos oferece”, relata Jeferson Lopes, estudante, 18 anos.

A relação empresa /cliente deixa a desejar em vários aspectos, inclusive na tarifa paga para utilização do serviço. A estudante Renata Santiago, 20 anos, diz que “o valor da passagem é um absurdo, quando se leva em consideração a qualidade do serviço prestado”. O valor da tarifa que era de R$2,50 em 2011,atualmente está de R$2,80 na capital Baiana. Apesar de tudo, a demora nos pontos ainda é o foco de reclamação da população. Caio Davidson, estudante, 23 anos, pensa duas vezes antes de ir para alguns pontos da cidade, “Quando vou visitar minha tia na Barra, dá trabalho para voltar pra casa, é quase um ano no ponto, chega fico nervoso”. A população se mostra descontente, mas como necessita do serviço, se vira do jeito que pode.


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